quinta-feira, 4 de novembro de 2010

The Dark November...

    E o "Zé" não vai ser presidente do Brasil. É como dizem, entre os males, o menos pior. Mas hoje não quero falar da política. Para ser sinceiro (eu não espero de você mais do que educação...beijos sem paixão, crimes sem castigo, apertos de mão... apenas bons amigos...), eu não tenho um motivo em especial para escrever aqui hoje, mas tenho que aproiveitar meu free time, já que ninguém vem para o meu Math Tutoring. Não sei se já contei, mas eu sou um Math Tutor (literalmente, Tutor de Matemática), mas ninguém nunca vem para ter tutoring comigo! Esse é o meu student job, uma espécie de trabalho que todos estudantes têm aqui no Pearson. Ano passado eu era Lab Assistance, ou seja, eu basicamente lavava toda os materials que o pessoal usava no laboratório todas as aquintas. Era super chato! Estou muito feliz com meu novo trabalho. Quando alguém vem (o que não aconteceu até agora) eu faço algo que gosto. Quando ninguém vem eu geralmente estudo um pouco ou fico vendo alguns clipes no youtube. Então, não se surpreendam se toda quinta a noite eu escrever aqui. 
    Falando sobre matemática, minha dias estão se tornando cada vez mais 'matemáticos'. Alguns de vocês sabem que eu tenho dois cursos de Matemática, um Higher e um Further (Higher é matemática avançada e Further é ainda mais avançada) e minha monografia é em Matemática. Mas não estou reclamando. Eu até que gosto. Tenho que aproveitar a oportunidade! Aliás, semana passada eu fiquei super feliz quando minha professora de Inglês disse que eu escrevia muito bem e que eu era um aluno brilhante (olha o ego...), mas eu fico super tímido quando alguém me elogia. Eu parecia um idiota na frente dela dizendo "ok... yeah... thanks... ok... yeah... thanks...".
    Além disso, nenhuma novidade. Eu estou me sentindo super bem e bastante feliz. Mas de vez em quando me dá uma tristeza quando eu vejo algumas pessoas aqui super deprimidas ou estressadas, especialmente por causa de universidades. As vezes eu tenho um felling que alguns alunos até matariam para ir para uma boa universidade. Cada dia que passa eu fico mais feliz que estou indo fazer universidade no Brasil e não preciso "ser parte do sistema", se vocês me entendem. Outra coisa que é muito trsite de ver é a situação financeira do Pearson. Nós estamos falindo. O Direitor está tentando salvar nossas finanças, e algumas medidas que ele tem que tomar são bastante deprimentes, mas necessárias. Não sei se cheguei a citar, mas o número de primeiros anos diminuiu para 80 esse ano. E ano que vem teremos 80 novamente. Ou seja, o colégio só terá 160 alunos em vez de 200 e o indície de europeus e canadenses só faz cresecer, já que os comitês nacionais deles podem bancar a bolsa. Alguns professores estão sendo "convidados" a sair. Ontem eu descobri que prossefor de História não vai ensinar mais ano que vem aqui. Fiquei bastante trsite. Ele gosta do Pearson e é um bom professor. Mas eu espero que as coisas mudem. Minha parte eu vou fazer: vou doar pro colégio assim que eu tiver um salário eu algo parecido. Mesmo que pareça irrelevante, como 10 dolares por mês. Imagine se todos os alunos fizessem isso? É aquela velha história de que "de grão em grão a galinha enche o bico"
     Anyways, desculpem peló tópico boring de hoje, pelas palavras em Inglês e pelo trecho de Engenheiros do Hawaii. Eles vem naturalmente e não estou no clima para mudar. E boa sorte a todos os meus amigos que estão fazendo o Vestiba por esses tempos! Ou como diria Jura, "não boa sorte, sucesso!". Inté!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Project week

"As lógicas de poder fazem do Brasil um país um pouco estranho neste particular, é que no fundo não há partidos, há grupos de interesses, alianças, que se fazem e se desfazem consoante as conveniências, Há uma éspecie, não chamar de, digamos 'caciques', mas há qualquer coisa que vem, digamos, na linha do 'caciquismo', que é o influente político que não sabe muito bem por que que ele ganhou aquele poder, mas a verdade é que o ganhou"

José Saramago

     Essas sábias palavras de Sarmago (que para mim é um dos maiores intelectuais da língua portuguesa) descrevem o que eu sinto por essas eleições que estão ocorrendo. Sei que não estou no Brasil para realmente saber o que se passa, mas o que eu recebo pelo e-mail e o que vejo nos sites de notícia não me alegram muito. Parece que a mídia quer beatificar Serra. Ate agredido (assim como a papa) ele 'foi'. Como diria me mãe, me faça uma garapa! E a Dilma, como diz o Saramago, nem sabe muito bem como é que ganhou tanto poder, mas a verdade é que o ganhou. Eu estava meio sad porque não pude votar esse ano. Mas esse segundo turno me fez sentir um pouco mais feliz por não estar envolvido nesta sujeira. Ter que voltar em Dilma para impedir que Serra o os tucanos voltem ao poder é bastante triste. Pelo menos a Marina não me decepcinou em apoiar o coitado agredido e nem a fantochizinha. O que eu realmente queria ver no cenário político nacional era o Cristavaum Buarque candidato de novo. Ele foi o único que colocou educação em primeiro lugar. Infelizmente, nem todos conseguem ver que essa é a solução. É difícil de acreditar que a discussão neste segundo turno está em torno do "aborto" ou de uma pedrinha que caiu na careca do Serra. A minha frustação no tópico passado sobre não poder votar nesta eleição passou. Na verdade, como disse, prefiro ver de longe a nossa democracia.


     Mas eu não vim aqui só para falar de política. Anteontem começou o Project Week (eu escrevi sobre o project week num dos primeiros tópicos) e eu não poderia estar mais feliz! A semana que antecedeu o Project Week foi super, super intensa. Latin America Regional Day, Further Math Test, Math Higher Assignment, Independent Project, History Essay, English Exam, Tango practice, Physics Lab, Chemistry Lab, Chemistry Exam. Todos em cinco dias. Eu durmi menos de cinco horas por dia durante uns três dias, por causa do Dia Regional da América Latina e dos Independent Projects (peças que os alunos de Teatro têm que produzir, e que eu resolvi atuar, em duas peças). Capoeira e Samba foram o maior sucesso! Aparentemente, a música Chora me Liga é super famosa na América Latina. As peças, que foram numa Terça e numa Quinta, tomaram quase toda minha noite! Memorizando linhas, vendo o lugar no palco que eu devo entrar, sair, que emoções eu tenho que tranmitir... Can you imagine me doing that? Nem eu. Durante as práticas eu fazia meus deveres, que não eram poucos, e estudava para meus testes, que foram três durante a semana. Na quarta eu não guentei a pressão. Adoeci e não fui para as classes, eu precisava dormir. Estava me sentindo super, super cansado. Na sexta de tarde, depois de mergulhar, eu senti como se eu estivesse carregando o mundo em minhas costas, e alguém o tirou. Eu fui um pouco culpado, me envolvi em muitas coisas. Acho que isso acontece com a maioria dos alunos UWC. Mas e eu sobrevivi. 
    Mas a pressão não acabou. Durante meu project week eu tenho que terminar meu EE (tipo uma monografia), o pesadelo de todos os IB students. Mas estou mais preocupado em me divertir essa semana. Acho que eu já falei sobre os três pilares da UWC: domir, socializar e estudar. Dentre esses, você só pode escolher dois. Semana passada eu não dormi. Essa semana não irei estudar. Sempre escolho socializar, afinal de contas, onde mais eu vou encontrar 200 pessoas que veêm de 100 nações diferentes? I better enjoy it!

PS.: Estou super feliz de saber que duas pessoas leêm as besteiras que eu escrevo aqui (sem contar os meus familiares e amigos). E boa sorte a todos os candidatos do processo seletivo deste ano. 

domingo, 3 de outubro de 2010

Why Not?

     Lembro da eleição de 2002 quando eu fui todo de vermelho votar com meus pais no Luis Viana e pensei "quando eu tiver 17 votarei". Pois o dito dia veio e, ironicamente, eu não pude votar. Mas isso não me impediu de "participar" das eleições. Adoro discutir política, e fiquei ligado o dia todo na Band acompanhando os resultados em todo o Brasil. Pensei que a Dilma levaria no 1 turno, mas a história não foi bem essa. E não acredito que isso seja uma vitória do Serra, muito pelo contrário. Ele só teve o "terço" que sempre lhe foi dado. Nada mais do que isso (thanks God!). O que me surpreendeu foi o desempenho de Marina, que teria meu voto se eu pudesse votar. Ainda acredito que ela será nossa "presidenta" e espero que Serra leve o que Maria ganhou no beco.
   
    Mas o que me fez voltar a escrever aqui não foi a "festa democrática" brasileira. Hoje eu decidi algo que surpreenderá a muitos: eu irei voltar para o Brasil (para fazer faculdade). Já imagino o que eu irei ouvir de "Você é louco!", "Por que está fazendo isso?", "Se eu fosse você, não voltava nunca". Mas venho pensando nisso a quatro dias e já fiz minha decisão e não irei voltar atrás. Admito que estava bastante deslumbrado com o "American Dream", mas acordei deste suposto "sonho". Durante o Summer Break, que foi Winter Break pra mim, eu hospedei a Carla Moreno, uma ex-estudante aqui do Pearson que mora em São Paulo. E em uma de nossas conversas ela me disse algo que realmente eu não tinha pensando. "Por que não voltar?". Mas eu não pensei sobre isso até alguns dias atrás.
    Cerca de duas semanas atrás, nós tivemos uma aprensentação da "Ivy League", uma organização que une as melhores universidades dos Estados Unidos. Admito que fiquei impressionado com o que vi, e estava decidido a aplicar para Universades na terra do Tio Sam. Minhas notas aqui são suficientimente boas para entrar numa universidade boa e com bolsa. Estava unido o útil ao agradável. Me inscrevi para o SAT (uma espécie de vestibular americano, mas que não é o único critério para entrar numa universidade) e já conversava com meus amigos sobre qual seria a melhor opção para aplicar, Havard, MIT ou Columbia. Mas não faz muito tempo que aquela conversa que tive com a Carla veio a mente. E eu pessei se era isso mesmo que eu queria. Como um bom nerd, eu fiz minha lista de "vantagens" e "desvantagens". Mas não serviu para nada, a dúvida ainda persitia. Foi quando eu comecei a lembrar de um antigo sonho que eu tinha quando era criança, estudar no ITA. Desisti do "sonho" quando eu descobri que minha base academica era fraca e que eu precisava ser fluente em Inglês para entrar no ITA. Mas nós últimos meses as coisas mudaram. Minha base acadêmica não poderia ser melhor e estou vivendo num "mundo" Inglês tem quase dois anos. As barreiras foram quebradas, e o "sonho" viurou "possibilidade". Descobri algumas outras universidades que também são muito boas, como o IME e a UFScar. Então pensei, "Why not?".
    Claro que se eu fosse para os Estados Unidos minha expêriencia acadêmica seria totalmente diferente, e meus planos económicos pro futuro seriam muito mais altos. Mas a vida não é só sobre dinheiro, e a cada dia que passa eu fico mais convencido disso. Além do mais, eu estarei trabalhando para o meu país. Não quero parecer xenófobo ou algo parecido, mas eu tenho certeza que o Brasil precisa muito mais de Engenheiros do que o Estados Unidos. Eu acredito no meu país, e (me desculpem a "deselegância")  eu realmente sinto vontade de mandar muita gente pra puta que pariu quando eu ouço coisas do tipo "Por que vai ficar aqui num país de terceiro mundo?" ou "Nosso país é uma merda, se eu tivesse essa oportunidade, não voltaria nunca". Besides, eu estarei perto de casa. E isso é algo a se considerar, e muito. E essa não é minha última oportunidade de ir para a terra do tio Sam. Posso muito bem fazer uma pós-graduação lá. Minha decisão já foi tomada. E tenho certeza que terei apoio daqueles que estão torcendo por mim.
     Vou voltar para a terra que tem Palmeiras onde canta o sabiá. E estou muito feliz com minha decisão. E não me entendam mal com esse tópico. Sei que não vai ser nada fácil entrar na universidades que eu quero. Vou ter que estudar bastante para isso.
    There is nothing like Home!

    E, só a título de curiosidade, agora eu sou um Queen Fan. Freddie Mercury é simplismente fantástico!
    Inté a próxima.

PS.: Vou ter que estudar Português bastante...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu acredito.

    Estou de volta ao gelo desde do dia 27 de Agosto. Ou seja, 21dias no hemisfério norte. O Sol apareceu na primeira semana até consegui pegar uma corzinha. Mas a ilusão não durou muito. Logo logo começou a chover e não vão parar até o ano que vem! Esses dias estão sendo bastante “intensos” (isso foi o mais eufemístico que eu conseguir ser).
     Mas enfim, minha mensagem aqui hoje é um pouco diferente. Eu criei o blog na intenção de escrever aqui como se fosse um diário; atribuir palavras às lembraças, algo que não parece muito difícil. A príncipio, eu pretendia escrever pelo menos uma vez ao dia, algo que consegui nos primeiros dias. Mas minha experiência aqui foi ficando cada vez mais intensa. As lembranças eram muitas, e o tempo era pouco. Ou melhor dizendo, as lembraças continuam muitas e o tempo só vez diminuir. Você deve estar se perguntando “Aonde você quer chegar com isso?” (se existe um “você”). Bem, o que quero dizer é que eu geralmente não escrevo sobre o verdadeiro propósito que me trouxe aqui; sobre o movimento o qual eu faço parte; sobre a minha experiência na sua essência. (Espero que vocês estejam entendendo o que escrevo, pois o Português ás vezes some de minha mente, especialmente quando estou falando do Pearson, onde as lembraças me veem todas em Inglês)
     Mas algo aconteceu ontem e eu não posso perder a oportunidade de falar desse propósito, desse movimente, desse modo de vida que eu escolhi. Como alguns de vocês sabem, a UWC (United World Colleges, Colégios do Mundo Unido) é uma associação sem fins lucrativos que envolve 13 colégios no mundo. Em cada escola, 200 alunos de 100 diferentes nações convivem juntos num ambiente desenvolvido para criar a paz e a compreensão entre os povos. (se quiser saber mais, visite os sites uwc.org.br e uwc.org). O colégio que eu estudo é o Pearson College of the Pacific, no Canadá. Todos os alunos aqui têm bolsa integral, desde do mais rico ao mais pobre.
      Creio que muitos de vocês já sabiam de tudo isso que falei até agora. Mas quanto de vocês realmente acreditam que existe uma possibilidade de paz e compreensão Internacional? Quanto de vocês acreditam que o Pearson realmente contribui para essa paz e compreensão? Vocês acham que paz é algo sural e idealista? Se a resposta foi sim para a última pergunta, repensem. Porque paz e compreensão internacional é possível sim. E não vou falar dos judeus e arábes que são super amigos aqui, e nem dos chineses e japoneses que se casaram. Vou contar um fato que ocorreu ontem, uma das experiencias mais bonitas em toda minha vida. Algo que irei levar no meu coração sempre e que irei contar a todos que puder até que eu não possa mais falar.
     Infelizmente, a origem de uma experiência tão bonita foi  um fato triste: a morte. O pai de uma das alunas morreu na semana passada. Ela já estava “esperando” essa notícia, já que o pai estava em coma por mais de três meses. O colégio então resolveu fazer uma cerimônia para homenagiar o pai da aluna e para dar apoio nesse momento dificil. Como a tal aluna é catolíca, a tal cerimônia foi uma missa. Todos foram convidados para tal missa, que ocorreria as 19:00. As sete em ponto, lá estava eu no LLT (um mini-teatro que tem aqui). A minha esquerda estava Muhhamed, um mulçumano. A minha direita, Aneri, que é Hindu. Na minha frente, Itamar, um judeu. Budas, Ateus, Católicos, Protestantes... Naquele momento nada importava. Todos eramos HUMANOS. E todos sentiam a dor da nossa colega. Se o ritual católico não era comum a muitos ali, as lágrimas em era algo que todos compartilhavam. Era como se guerras nunca tivessem existido, raças e cor da pele nunca tivessem sido levados em consideração, preconceito fosse uma palvara que não existia. E meus olhos confirmaram algo que a minha lógica hesitava em acreditar: PAZ É POSSÍVEL. Nós podemos sim viver todos SEM CONFLITOS. Eu acredito.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Missão Impossívelm está de volta, sem o Tom Cruise

     Pois é. Agora o protagonista sou eu. Minha missão? Ser voluntário em Salvador! Acreditem, é impossível!
     Como alguns de vocês devem saber, o Pearson (colégio em que estudo) tem um programa chamado Home Service, onde o aluno tem que fazer serviço social enquanto estiver de férias no seu país de origem. O minímo exigido é de 80 horas. Eu achei a idéia ótimo, e estava super empolgado para tal. Estava. Porque a burocracia tira o ânimo de qualquer pessoa! Já tentei de tudo. Fui na Governadoria, tentei ONGs, nem o GOOGLE conseguiu me ajudar! Estou tentado de tudo! Ainda estou animado, mas preocupado. Porque tenho que fazer 80 horas e minhas férias já estão acabando...
    Se puderem me ajudar, por favor o façam.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

    Mais um dia sem nada pra fazer, então por que não escrever?
    Então, estava eu assistindo um pouco de TV, e me deparei com a porcaria de TV aberta que temos. Mas isso todos já sabem. O que realmente me preocupa são as músicas que os jovens estão ouvindo hoje. Que diabos é RESTART? Que porra é essa de Justin Bieber? Quando era pequeno, "música ruim" era É O TCHAM, Xuxa... Mas o que se ouve hoje me dá vontade de voltar! Enfim... não estou inspirado a escrever. Vou voltar a ouvir minha música e ler Saramago, que é o melhor que faço.
    E para vocês que curtem uma boa música, aqui vai um trecho de "We are the champions" do Queens.

We are the champions - my friends
And we'll keep on fighting - till the end -
We are the champions
We are the champions
No time for losers
'Cause we are the champions - of the world -
     Isso sim, que é Música! Ou melhor dizendo, poesia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Essential Mechanics Problem

If at any given instant in time we know the positions and velocities of all the particles that make up a particular system can we predict the future position and velocities of all the particles?
     You can call me a nerd now.

sábado, 17 de julho de 2010

Back

    Então, voltei.
    Descobri que algumas pessoas realmente liam o que eu escrevia aqui e decidir que era hora de voltar. Mas como diria José Saramago, em bom português:
"Dificílimo acto é o de escrever, responsabilidade das maiores, basta pensar no extenuante trabalho que será dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convém às necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episódio de ontem, e outras não menos arriscadas acrobacias, o passado como se tivesse sido agora, o presente como um contínuo sem fim..."
     Pois é, difícil, mas prazeroso. E algo que eu descobri tem pouco tempo, assim como a Literatura. Nem eu acredito que passei tantos anos inerte aos livros! E foi num momento inesperado que eu comecei a ler. Mas não me entendam mal, eu li a minha vida toda, mas apreciar a leitura eu aprendi há pouco tempo. E isso foi uma das milhões de coisas que eu venho aprendendo desde aquele 31 de Agosto de 2009. Faz quase um ano que embarquei numa viajem para fora do país, e agora acho que é hora de olhar para trás com o intuito de seguir em frente.

     Mas antes dessa reflexão, algo que eu também aprendi no Pearson, gostaria de situar alguns de vocês do que aconteceu nesses três meses de abstenção do blog. Voltei para a terra do Dendê no dia 29 de Maio, e aqui estou desde. Dois dias antes de voltar eu consegui quebrar um dedo ao cair das escadas, ser operado no estrangeiro, e voltar para casa dois dias depois de operado, com dois pinos no dedinho, que me acompanhariam por um mês. Aqui cheguei e fiquei procastinating um pouco, já que ninguém é de ferro. Estou aproveitando minha família, a qual eu amo demais, meus amigos, que estão loucos pelo vestibular, e o tempo, que apesar de não estar tão bom ainda dá pra curtir um pouco. Ainda não comecei minha monografia e meu Home Service, mas ainda há tempo e eu já estou providenciando os mesmos. Como não tem muita coisa acontecendo nessas férias, creio que os próximos posts não serão sobre mim, mas algumas poucas palavras virão sobre algo que irá acontecer e eu, nessa árdua missão, irei escrever.

    A respeito da reflexão dita ao início do texto, irei fazê-la comigo mesmo. Se algum de vocês quiser perguntar algo, deixe sua pergunta nos comentários que eu irei responder. Esse post é só para marcar a volta, e para dizer que estou bem.

     E, a propósito, Axé a todos

domingo, 4 de abril de 2010

Feliz Pascoa!

   Axé!

   Feliz Pascóa a todos!

   Espero que estaja curtindo, porque eu estou, apesar das condições (sendo eufemista). As duas últimas semanas foram super corridas! Testes, ensaios, labs... tudo que consume todo o seu tempo, e até te impede de dormir - porque quando termina tudo, encontra seus amigos, e lá se foi a sua noite de sono. Mas depois de tudo, cinco dias de feriado para descansar é sempe bom.
    E foi com esse pensamento de "descansar" que eu aceitei o convite de Felix (Austria) de vim para Race Rocks, uma reserva ecológica que o colégio toma conta. Na verdade é uma pedra gigante que parece uma mini-ilha ontem tem um farol, duas casas e muito, mas muito mesmo, leões-marinho, focas e outros animais super-interssantes. Viemos mergulhar aqui. Ou esse era o plano. Alguns outros amigos nossos resolverem vim, mas os exames de Self-Taught impediram muitos (deveriam me impedir também, mas eu decidir ter um intervalo). Depois de tudo, viemos eu, Feliz, Heide (Finlândia), Levi (França) e Michaela (Slovakia). Um brasileiro e quatro europeus... já viu que banho vai ser difícil, né? Não pra mim, apesar de tudo se opôr!
     Enfim, vamos as condiões: (aviso: se você não gosta de imaginar certas situações que envolvam necessidades biológicas, pule esse parágrafo) logo quando cheguei, descobri que o vaso sanitário estava quebrado, e que  tinhámos uma espécia de "vaso descartável", uma engenhoca até interressante. Mas os meninos só eram autorizados a fazer o "numéro II" lá, e se a situação foss líquida, tinhamos que fazer no mato. Para o número 1 ficou até melhor, porque não preciso mirar. Mas para outro número, o bicho pegou. Quem já conviveu comigo, sabe que meu instestino é tímido. E quando eu vi a nova ferramanta, foi aí que travou de vez! Resultadô: dois dias que comida só entra, nada sai.
     Mas até aí, tudo estava bem. Isso foi até eu descobrir que não tinhámos água quente. Ou melhor dizendo, só tinhamos água congelando! Sabe quando você entra no chuveiro e começa a pular porque a água está "super gelada"? Agradeça a Deus o quão quente essa água é. Como estamos numa ilha no meu do nada, toda água que temos vem do mar, nós dessalinisamos. O problema é que o aquecedor quebrou. Ou seja, a temperatura da água que temos é a mesma do mar. Sabe qual a temperatura que estava ontem?  SETE GRAUS!! Você deve estar pensando, isso é desculpa para não tomar banho. Eu pensaria o mesmo, antes de vim. Mas vamos dar continuidae a história: no dia após a nossa chegada, tivemos uma tespestade super forte! O rapaz que mora aqui disse que foi a mais forte que ele viu desde que chegou aqui (1 ano e meio atrás). Perdemos nosso sinal de internet. O colégio, que fica pertinho daqui, ficou sem letricidade. Ou seja, não mergulhamos nos dois primeiros dias, e não tomei banho também. Mas no terceiro dia, resolvemos mergulhar. O mergulho foi ótimo. Quando voltamos, nada de banho. Eu não pude acreditar. O pessoal tamém nem fez muita questão. Mas eu estava psicologicamente afetado. Não podia ficar sem banhar-me! Decidi tomar banho, mesmo com a água congelante. Eles me chamaram de louco. Eu prefiro a palavra "limpo". Tomei banho tremendo, mas me senti liberto depois! Vocês podem pensar, mas você podia aquecer a água no fogão. Sim, poderíamos. Mas aqui temos que economizar tudo: gás, energia... Estamos distante de qualquer coisa. Energia eletrca aqui vem das placas de energia solar. Se um aquece água, isso daria o direito a todos. E lá se foi toda a energia que tinhamos...
     Enfim, apesar de tudo, estou adorando minha estadia aqui. A comida é bem melhor (nós mesmo que fazems), a vista não poderia ser melhor, e os mergulhos são fantasticos! Como diriam no Pearson, tudo é uma questão de personal challenge. A propósito, vocêm podem visitar o site http://www.racerocks.com/. Podem até ver as camêras ao vivo. Uma delas você pode ver a casa e, se eu ainda estiver aqui, me ver.

     Então, Feliz Pascóa a todos. E boa sorte ao pessoal que passou para o convívio na UWC.
     Abraços.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Às mulheres de minha vida.

Axé!

      Começo com aquelas velhas desculpas por passar um bom tempo sem escrever aqui. Os motivos são os mesmos de sempre, leiam os posts anteriores e descobrirão quais os são. Mas tenho que aproveitar que comecei, porque tenho muita coisa para falar, pouco tempo pra escrever. Na verdade, eu até estou com um “tempinho” agora, já que tenho que comprimir ar nos tanques de mergulho, o que me toma pelo menos duas horas. Para falar a verdade, eu não comprimo porra nenhuma. Eu só os conecto na máquina e ela faz todo o trabalho enquanto eu fico olhando para a cara dela até a criatura gritar. Então eu desconecto os tanques, limpo a sujeira e coloco outros tanques. Cada par me toma pelo menos vinte minutos. Está aqui resumido como comprimir tanques de mergulho em tres linhas! Enfim, não é para falar disso que vim aqui hoje. Muita coisa aconteceu nesse mês que passou (será que foi mesmo um mês?), e aqui estão os meus contos de Fevereiro.

     O post anterior referiu-se a minha irmã, como vocês sabem. Poucos dias depois, no dia quatro de fevereiro, foi o aniversário de outra mulher que é a mais importante de minha vida, porque foi ela que me trouxe ao mundo. O que falei no post passado sobre minha “dificuldade emotiva” e como ela se transforma quando se refere a minha irmã, aplica-se perfeitamente quando tenho que falar sobre minha mãe. É a face dela que eu sonho todas as noites. É a voz dela que eu ouço todos os dias. Não quero escrever muito, porque sei que ela vai chorar mil vezes mais do que as palavras que escrevo. Mas sei que ela chora de alegria, de amor. E por isso eu escrevo. Todo mundo que têm mãe acha que a sua é a mais estressada do mundo, e é claro que eu penso mesmo sobre a minha. Mas acredite, faz falta. Porque para mim amor de mãe é o mais bonito que existe. É claro que mãe também erra. Mas qual é o filho que não perdoa uma mãe? Ou melhor dizendo, qual é a mãe que não perdoa um filho? Enfim, eu só quero te dizer que te amo muito, muito mesmo! Sou muito orgulhoso de ser seu filho. Não vejo a hora de te dar um abraço e ouvir o que pra mim é a frase mais linda do mundo: “Meu filho”.

    Deu para perceber que sou bem família, né? Pois é. Para mim é a coisa mais importante que eu tenho. E gostaria de usar essa opurtunidade (parece que estou na xuxa) para desejar felicidades a todas as mulheres de minha família! Não pude ligar para desejar um feliz Dia da Mulher, mas não tenho desculpa para não escrever aqui. Também um abraço especial a todas minhas amigas! Enfim, a todas as mulheres desse mundo. Sei que elas não são muito boas no volante, mas o que seria do mundo sem elas?


      Enfim, vamos aos “causos” do mês. Já sabem que não prometo ordem cronologica e muito menos que irei contar tudo o que aconteceu, mas vou me esforçar. Desculpem se meu texto parece um pouco confuso, mas minha mente já está confundindo Inglês com Português e Espanhol. É incrível como isso acontece. Algumas palavras que eu uso muito no meu dia-dia já estão em inglês no “automatico”. Além do mais, meu português é restritro a um Caipira, um paulista e uma portuguesa, o que torna as coisas bastante difíceis. Mas minha baianidade ta no sangue e eu nunca vou perder meu ‘dênde’.

     Vou começar pelos fatos mais recentes, que estão mais frescos. No último fim de semana de mês passado eu fui para Vancouver. Eu estava tentando ir a um bom tempo já, mas nunca dava certo. Para falar a verdade, eu nem pensei que iria antes das Olimpíadas acabassem. De ver algum jogo eu já tinha desistido a muito tempo, já que os ingressos eram “um pouco acima” da minha capacidade. Só para vocês terem uma idéia, o ingresso para a final do Hockey Masculino estava somente 13,000 doláres. Mas não se espante não. Aqui “camelô” (se é que podemos usar esse vocábulo aqui) vende jaqueta do Canadá por 150 doláres. Mas enfim, não quero falar daquilo que não nos convém ($). O importante é que eu presenciei a festa, o momento. A viajem daqui pra Vancouver durou 5 horas, mesmo a cidade sendo “ali do lado”. Só pra sair do colégio e chegar no Ferry gastamos 1h30min. Usei o verbo no plural porque fui com Renata (Itália), Tsatsral (Mongolia) e Amirah (Malásia). A travessia do Ferry foram mais duas horas. Só um aviso para você que está acustumado com o Ferry Salvador-Itaparica: esqueça todos os aspectos do Ferry(ado) que temos. Se não me engano, descrevi no primeiro post o status de Transatlântico que o Ferry daqui têm. Dentro do “Ferry” tem até shopping! Tudo que você imaginar, econtra lá. Até roupa! Imagine alguém te dizendo “Que camisa bonita. Onde comprou?”, e você enchendo a boca pra responder “Comprei no Ferry!”. Parece filme de ficção científica, mas acredite, não é. Depois do Ferry (Transatlântico) ainda levamos mais uma hora e meia para chegar na casa de Emmy, uma menina que estuda aqui e mora em Vancouver. Tenho que dizer que estou impressionado com o sistema de transportes de Vancouver. Aliás, estou impressionado com tudo lá! Nem preciso dizer que uma cidade linda, porque isso vocês podem ver nas fotos. Mas como as pessoas “confiam” umas nas outras. Imagine que não tem “catraca” no metrô. Só um sinal “Área paga”. E, acreditem, todos pagam a passagem! É incrível. Ninguém checa se você tem bilhete ou não. Eu fiquei até sem graça de não pagar... não vou mentir que vontade não me faltou. Além disso, é um sistema super eficiente! Você paga 1.75 dólares e ganha um bilhete que vale por 2 horas e meia. Com esse bilhete você pode pegar qualquer transporte público na cidade, quantas vezes quiser! Digam, soteropoliranos, vocês podem imaginar isso? (Digam, mas eles não têm a nossa ginga, que eu concordo!). Passei a primeria noite no quarto-apartemento dessa minha amiga. Pensem que ela tem quarto, closet, banheiro, cozinha e uma sala no “espaço” dela. ELA TEM UMA COZINHA NO QUARTO! Ainda é difícil para mim acreditar que isso existe, mas eu não duvido mas de nada. Enfim, passei o outro dia todo explorando Vancouver, tirei muitas fotos (estão todas no meu orkut), me diverti muito! Não durmos na segunda noite, aliás, tiramos uma soneca num Coffee Shop com as malas nas costas esperando o metrô abirir (5h da manha) para voltarmos para o colégio. Mas é muita história... e como já disse, tenho pouco tempo pra escrever. Depois conto um pouco mais...


     Em algumas semanas eu vou ter meu exame oral de Português. Para tal, eu li D. Casmurro e O Auto da Compadecida para a parte 1 (se quiserem detalhes sobre o que é ‘Parte 1’, perguntem). Para parte 4 eu estava lendo Mar Morto, de Jorge Amado. Livro muito bom por sinal. Eu acabei um tempo atrás, e estava muito feliz porque só tinha que ler mais um livro, O Auto da barca do Inferno. Foi quando eu descobri que li o livro errado. Sério mesmo, isso só acontece comigo. Como a pessoa pode ler o livro errado? Agora estou com Ciranda de Pedra inteiro por ler. Se alguém quiser fazer o resumão do aprovado, estou a disposição.

     Sobre a vida aqui, tudo está indo muito bem. Tão bem que até já peido na frente de algumas pessoas. E vocês sabem o grau de intimidade que você precisa ter com alguém antes de peidar na frente dela, né? É quase que um contratro social. Depois desse momento, a vergonha vai e não volta nunca mais. Para você ter uma idéia, outro dia eu estava fazendo minhas necessidades quando Kenta (Japão) perguntou se eu tinha um tempo para ver se uma questão de Matemática dele estava certa, já que minha classe está adiantada e eu já tinha feito o dever. Eu respondi que sim, mas não esperava que ele fosse me passar pelo buraco da porta o papel e a canta. Eu tomei um susto! Até me desconcentrei. Pense ai? Aliás, nem pense. Isso não conversa pra está digitando aqui... nem sei porque o fiz.

     Claro que nem tudo são rosas. A vida acadêmica é bastante estressante, e se tornou ainda mais com o “One World”, um show que o colégio organiza. Mas o tempo passa tão rápido... Em três meses já estão de volta. Parece que foi ontem que cheguei... (quem se lembrou da propaganda da Nestlé ‘como parece, foi ontem!’?). Noite passada eu até sonhei que voltava para casa. Acordei, e quando voltei a dormir sonhei que voltava para aqui de novo. Fui e voltei numa noite só!

     Enfim, tenho muitas histórias para contar. Sobre os meninos que foram expulsos do colégio, sobre a neve que caiu hoje, sobre os mergulhos que faço toda a semana, sobre as paquerinhas, sobre os amigos... mas volto outro dia. Por hoje acho que já foi o suficiente. Antes de terminar só gostaria de dizer a meus amigos que eu não esqueci deles e pedir desculpa por não responder os scraps no orkut, eu tava meio desligado. Mas eles já estão devidamente respondidos.

Até um dia...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Joana Braga Barbosa

Axé!

    Eu realmente não tenho tempo para escrever aqui no blog. Esse mês de volta as aulas foi intenso! Como vocês devem saber pelo último post, eu só fiz comer, dormir e assistir filmes durante minhas férias, quando deveria estar estudando e fazendo meus deveres. Resultado: não tive vida na última semana. Aqui vai uma dica, sempre faça o que tem que fazer o mais cedo possível. Pensei que nunca fosse descobrir o quão importante um cafezinho pode ser em sua vida. Enfim, agora I am done! Além do mais hoje é um dia especial, mas só vou contar o porquê no próximo parágrafo, afinal de contas, esse acontecimento merece destaque.

     Hoje é o aniversário de uma das pessoas mais importantes de minha vida. Sinceramente, eu não consigo pensar em mim sem pensar nela. Aliás, eu acho que não existe um exemplo melhor do pronome “nós” do que “nós” dois. Como alguns de vocês sabem, eu não sou uma pessoa muito emotiva. Alguns amigos meus vivem reclamando que sou muito fechado. Mas quando se refere a ela, tudo muda. E escrever aqui está me fazendo chorar, mesmo que eu não o faça normalmente. Porque ela é parte mim. Eu sou parte dela. E não tem distância que separe algo tão intenso. Eu realmente sinto muito a falta dela do meu lado, dormindo a poucos centímetros de mim, mas agredeço a Deus todos os dias por ela existir em minha vida.

    Ao escrever aqui, está me vindo a cabeça todos os momentos que vivemos juntos. Todos os momentos felizes. Nós temos nosso próprio idioma, onde os olhos também falam. E, é claro, todas as brigas, que não foram poucas. Nós fomos cúmplices por toda a vida. E vamos continuar sendo pela eternidade. E nesta data tão especial, infelizmente eu não pude estar ao seu lado. Pelo menos não fisicamente. Mas todo meu amor está lá. Nós compartilhamos tudo o que eu tenho de mais importante. E este minúsculo e singelo texto não representa nada perto do que eu realmente sinto por você, IRMÃ.

     Irmã. Dizendo isso, eu não preciso dizer mais nada, porque a gente sabe o que esta palavra significa para nós. E eu te desejo toda felicidade do mundo, não só hoje, mas sempre. Eu sou seu fã número um, e nunca esqueça que você tem um IRMÃO, e que pode contar com ele para tudo o que precisar.

Amo-te muito, IRMÃ!

Seu eterno Brow.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vida boa chegando ao fim.

Axé!

     Antes de começar gostaria de desejar Feliz Ano Novo a todos! Desejo todas àquelas frases de ano novo que recebemos pelo orkut, e-mail, facebook e tudo que for possível, mas que eu nunca lembro para botar aqui. Espero que todos possam realizar seus sonhos nesse ano que está começando.

     Minhas férias já estão acabando, só tenho mais dois dias de sombre e água fresca e eu queria pelo menos mais um mês. Não fiz metado dos afazeres e, apesar de não ser mãe Diná, estou prevendo que a próxima semana vai ser bastante ocupada (para não ter que dizer foda). Mas isso não venho ao caso... tenho que aproveitar esse dois últimos dias de vida.
    Estou na minha terceira Host Family, o que não é normal para ninguém. Comecei as férias na casa dos Bruces, pessoas simplismentes fantásticas! Mas ele já estavam recebendo um estudante do México que foi passar o Natal em casa, porém estava voltando. Então, fomos para casa dos Whatsons, onde fiquei anteriormente no project week. Mas meu 2010 começou, para ser eufêmico, estranho. Na noite de Revillon fomos jantar num restaurante com os Whatsons e uns amigos, e Doug, meu host father, não se sentiu bem durante o jantar. Ele foi para a Emergência, mas decidiu voltar para casa porque estava muito cheia. Durante a madrugada ele morreu. Não sei exatamente de quê, pois eu estava dormindo e, apesar dele ter caído em frente ao meu quarto, eu não acordei. Até quando a ambulância chegou, e olhe que ela faz bastante barulho, eu continei dormindo. Tenho um sono muito pesado, principamente quando estou cansado. Mattia me acordou umas 10h e disse “It’s time to wake up” (É hora de acordar). Eu pensei que ele estava querando me pertubar e disse “Go away! I wanna sleep” (Vá embora, eu quero dormir). Foi então que eu ouvi a frase que só pensava que existia em filmes “Doug is dead” (Doug está morto). Eu dei um pulo da cama e pensei que não tinha ouvido direito, e ele repitiu “Doug is dead”. Eu não tinha tanta intimidade com ele, mesmo assim foi um choque. Quando eu abrir a porta do quarto a esposa dele estava arrasada. Dei um abraço nela e ela me pediu desculpa por eu ter que presenciar esse momento, eu disse que ela não tinha nada a desculpar. Parecia até filme, mas nessa manhã chovia aqui forte.
      Algumas horas depois o direitor do colégio foi buscar a mim e a Mattia. Passamos a manha na casa dele, que fica no colégio, e depois vinhemos para a nossa nova Host Familly, com Murg. Ela tem tipo uma pousada de frente pro Mar. O lugar é Maravilhosamente lindo! Não vou nem falar muito, vejam vocês mesmos: http://www.thelodgeatweirsbeach.com. Cliquem em Rooms, do lado direito. O quarto que estou chama-se “Sandpiper”. Depois cliquem em “360 Virtual Tour”. Mas o melhor lugar é a banheira de Hidromassagem. Eu pensei que só existia em filme e no “The Sims”, mas ela existe! Eu fui uma vez e parecia um abestalhado... Não tem coisa melhor. E não só o lugar é maravilhoso. Murg também é uma pessoa explêndida! Ela trabalha na Cruz Vermelha e ajuda tanta gente! Ela nos conta as histórias de quando foi para o Paquistão, Sri Lanka, Nicarágua e trabalhou como emfermeira nos tempos de guerra nesses países, com ela mesma custeando tudo!
      Eu não deveria estar escrevendo o que vou escrever aqui no blog, mas eu preciso falar isso com alguém. No post anterior falei que estou na mesma família que Mattia, um menino da Itália. Não sei o que eu tava na cabeça quando decidi ficar na mesma família que ele! Minha sorte é que minhas Host Family são pessoas maravilhosas. Ele não é uma pessoa ruim, mas tem horas que eu me pergunto que PORRA que ele ta fazendo aqui? Ele estuda demais, mas isso nem é o problema. Ele faz umas piadas de mal gosto e é muito incoveniente! E olhe que eu sou uma pessoa bastante paciente. Certa vez ele me diz que acha que o comitê Italiano cometeu um erro ao enviar os outros dois Italianos primeiro-anos do colégio. Segundo ele tinham pessoas mais “inteligentes”. Quem realmente conhece os valores da UWC sabe do que estou falando. Fora os hábitos alimentares desse menino. Come de boca aberta; não leva o garfo a boca, leva a boca ao prato; sabe aquele barulhinho insuportável que certas pessoas fazem quando estão comendo? O dele bate o record! As vezes quando estamos na mesa de jantar e de repente se faz silêncio, só se ouve o menino mastigando parecendo um porco. Por um momento pensei que todos os Italianos fossem assim, mas depois lembrei da ótima pessoa que é Renata, a outra Italiana e totalmente diferente. Certa feita quando estavamos na casa dos Bruce eu fui gurdar minhas coisas numa gaveta e achei uns testes de matemática do menino que estava lá. Ele foi ver os testes, que eram um desastre. Eu gosto de matemática, sei que ele também. Mas tem gente que simplesmente não gosta. Mas ele não entende isso. Até hoje faz piada do menino comigo e eu dou aquele sorriso amarelo só pra manter a paz. Mas o que me realmente extressa é quando ele decide que o dono do meu lap top. Eu gosto de ajudar as pessoas, mas tudo tem limite! Eu realmente não me importo que alguém use meu lap top quando eu não preciso. No colégio mesmo Enrique usa meu computador sempre que precisa. Ele só faz me pedir e quando eu preciso, ele me devolve. Até criei uma conta para ele, caso ele queira salvar algum documento. Fiz o mesmo com Mattia, criei uma conta pra ele. Até jogo o menino já baixou! Pedir para usar o lap top? Isso é piada. Ele pergunta onde está. A sorte dele é que eu sou paciente (já imagino Geisa me chamando de Otário). Certa vez eu disse que precisava usar MEU computador, e ele disse: “I just need to finish it. Can I use 5 minutes more?” (Eu apenas preciso terminar isso. Eu posso usar mais cinco minutos?). Eu disse que não tinha problema. O problema foi que ele levou 45 minutos! Eu quase mando ele para PQP!
     Sei que não é certo falar isso aqui. Mas eu precisa falar isso com alguém. Estava para explodir já. Da última vez que eu estava usando meu lap top e ele me pediu (observem, eu ESTAVA usando), respirei fundo e fiz uma cara de poucos amigos. Ele entendeu a mensagem muito bem (pelo menos desta vez) e disse que não era urgente que ele esperava. Apesar de tudo, ele é uma boa pessoa. Pode parecer que eu mordi e agora estou assomprando, mas não é isso. Agora estou em paz, e já posso voltar a ter uma relação estável com ele. Além do mais, ninguém entende português no colégio (espero que ninguém pense em usar o tradutor do google), só o Luis e a Rita, mas é bem capaz de que eu conte a eles também.

     Ah! Quase esqueci dos aniversários da última semana. Dia Dois foi o aniversário de Bê!! Ela sabe o quando gosto dela, nem preciso escrever muito. Dois dias depois foi o meu aniversário. O dia do meu anivérsario eu acordei as 11h, fiquei acordado até as 14h, e voltei a dormir. Meu roommate, Muhammed, planejou uma festa surpresa pra mim, que não deu certo. Ele chamou um pessoal para vim aqui as 16:00 e estava trazendo um bolo. As pessoas chegaram, mas ele perdeu o ônibus, que só passa de duas em duas horas. Eu fiquei sem saber o que fazer. Não tinha comida para oferecer, não tinha festa para se animar. Ficamos conversando um pouco, até pelo skype. Eles tiveram que ir as 18:30, para não perdeu o último ônibus. Mido (Muhammed é muito grande, e o colégio tem três! Então chamamos ele de Mido) chegou as sete. Mas tudo bem, o que vale é a intenção. Ele esqueceu do bolo, e Mattia tinha um panetone de chocolate, que ganhou de Natal, especialmente da Itália. Nós colocamos uma vela e virou meu bolo (estão vendo? Ele não é má pessoa). Assistir uns filmes e fui dormir. Mas a comemoração do meu aniversário foi mesmo ontem. Fui passar o dia na casa dos Bruces, minha antiga host familly. Quando eu contei a história a Julie, ela disse que não era possível que eu não tivesse um bolo de aniversário. Entao, preprarou um jantar especial e fez um bolo delicioso para mim! Cantamos parabéns e, devido ao horário, eu acabei dormindo lá. Eles são simplismente fantásticos!

      Enfim, acho que já escrevi demais (já está virando clichê, sempre escrevo demais). Tenho que voltar para senzala agora. Meus homework me esperam... Abraços a todos!

PS: Bruno me lembrou do aniversário de Du, que foi ontem. Eu esqueci de colocar aqui, mas eu liguei pra ela ontem, e dei meus parabéns!