segunda-feira, 8 de março de 2010

Às mulheres de minha vida.

Axé!

      Começo com aquelas velhas desculpas por passar um bom tempo sem escrever aqui. Os motivos são os mesmos de sempre, leiam os posts anteriores e descobrirão quais os são. Mas tenho que aproveitar que comecei, porque tenho muita coisa para falar, pouco tempo pra escrever. Na verdade, eu até estou com um “tempinho” agora, já que tenho que comprimir ar nos tanques de mergulho, o que me toma pelo menos duas horas. Para falar a verdade, eu não comprimo porra nenhuma. Eu só os conecto na máquina e ela faz todo o trabalho enquanto eu fico olhando para a cara dela até a criatura gritar. Então eu desconecto os tanques, limpo a sujeira e coloco outros tanques. Cada par me toma pelo menos vinte minutos. Está aqui resumido como comprimir tanques de mergulho em tres linhas! Enfim, não é para falar disso que vim aqui hoje. Muita coisa aconteceu nesse mês que passou (será que foi mesmo um mês?), e aqui estão os meus contos de Fevereiro.

     O post anterior referiu-se a minha irmã, como vocês sabem. Poucos dias depois, no dia quatro de fevereiro, foi o aniversário de outra mulher que é a mais importante de minha vida, porque foi ela que me trouxe ao mundo. O que falei no post passado sobre minha “dificuldade emotiva” e como ela se transforma quando se refere a minha irmã, aplica-se perfeitamente quando tenho que falar sobre minha mãe. É a face dela que eu sonho todas as noites. É a voz dela que eu ouço todos os dias. Não quero escrever muito, porque sei que ela vai chorar mil vezes mais do que as palavras que escrevo. Mas sei que ela chora de alegria, de amor. E por isso eu escrevo. Todo mundo que têm mãe acha que a sua é a mais estressada do mundo, e é claro que eu penso mesmo sobre a minha. Mas acredite, faz falta. Porque para mim amor de mãe é o mais bonito que existe. É claro que mãe também erra. Mas qual é o filho que não perdoa uma mãe? Ou melhor dizendo, qual é a mãe que não perdoa um filho? Enfim, eu só quero te dizer que te amo muito, muito mesmo! Sou muito orgulhoso de ser seu filho. Não vejo a hora de te dar um abraço e ouvir o que pra mim é a frase mais linda do mundo: “Meu filho”.

    Deu para perceber que sou bem família, né? Pois é. Para mim é a coisa mais importante que eu tenho. E gostaria de usar essa opurtunidade (parece que estou na xuxa) para desejar felicidades a todas as mulheres de minha família! Não pude ligar para desejar um feliz Dia da Mulher, mas não tenho desculpa para não escrever aqui. Também um abraço especial a todas minhas amigas! Enfim, a todas as mulheres desse mundo. Sei que elas não são muito boas no volante, mas o que seria do mundo sem elas?


      Enfim, vamos aos “causos” do mês. Já sabem que não prometo ordem cronologica e muito menos que irei contar tudo o que aconteceu, mas vou me esforçar. Desculpem se meu texto parece um pouco confuso, mas minha mente já está confundindo Inglês com Português e Espanhol. É incrível como isso acontece. Algumas palavras que eu uso muito no meu dia-dia já estão em inglês no “automatico”. Além do mais, meu português é restritro a um Caipira, um paulista e uma portuguesa, o que torna as coisas bastante difíceis. Mas minha baianidade ta no sangue e eu nunca vou perder meu ‘dênde’.

     Vou começar pelos fatos mais recentes, que estão mais frescos. No último fim de semana de mês passado eu fui para Vancouver. Eu estava tentando ir a um bom tempo já, mas nunca dava certo. Para falar a verdade, eu nem pensei que iria antes das Olimpíadas acabassem. De ver algum jogo eu já tinha desistido a muito tempo, já que os ingressos eram “um pouco acima” da minha capacidade. Só para vocês terem uma idéia, o ingresso para a final do Hockey Masculino estava somente 13,000 doláres. Mas não se espante não. Aqui “camelô” (se é que podemos usar esse vocábulo aqui) vende jaqueta do Canadá por 150 doláres. Mas enfim, não quero falar daquilo que não nos convém ($). O importante é que eu presenciei a festa, o momento. A viajem daqui pra Vancouver durou 5 horas, mesmo a cidade sendo “ali do lado”. Só pra sair do colégio e chegar no Ferry gastamos 1h30min. Usei o verbo no plural porque fui com Renata (Itália), Tsatsral (Mongolia) e Amirah (Malásia). A travessia do Ferry foram mais duas horas. Só um aviso para você que está acustumado com o Ferry Salvador-Itaparica: esqueça todos os aspectos do Ferry(ado) que temos. Se não me engano, descrevi no primeiro post o status de Transatlântico que o Ferry daqui têm. Dentro do “Ferry” tem até shopping! Tudo que você imaginar, econtra lá. Até roupa! Imagine alguém te dizendo “Que camisa bonita. Onde comprou?”, e você enchendo a boca pra responder “Comprei no Ferry!”. Parece filme de ficção científica, mas acredite, não é. Depois do Ferry (Transatlântico) ainda levamos mais uma hora e meia para chegar na casa de Emmy, uma menina que estuda aqui e mora em Vancouver. Tenho que dizer que estou impressionado com o sistema de transportes de Vancouver. Aliás, estou impressionado com tudo lá! Nem preciso dizer que uma cidade linda, porque isso vocês podem ver nas fotos. Mas como as pessoas “confiam” umas nas outras. Imagine que não tem “catraca” no metrô. Só um sinal “Área paga”. E, acreditem, todos pagam a passagem! É incrível. Ninguém checa se você tem bilhete ou não. Eu fiquei até sem graça de não pagar... não vou mentir que vontade não me faltou. Além disso, é um sistema super eficiente! Você paga 1.75 dólares e ganha um bilhete que vale por 2 horas e meia. Com esse bilhete você pode pegar qualquer transporte público na cidade, quantas vezes quiser! Digam, soteropoliranos, vocês podem imaginar isso? (Digam, mas eles não têm a nossa ginga, que eu concordo!). Passei a primeria noite no quarto-apartemento dessa minha amiga. Pensem que ela tem quarto, closet, banheiro, cozinha e uma sala no “espaço” dela. ELA TEM UMA COZINHA NO QUARTO! Ainda é difícil para mim acreditar que isso existe, mas eu não duvido mas de nada. Enfim, passei o outro dia todo explorando Vancouver, tirei muitas fotos (estão todas no meu orkut), me diverti muito! Não durmos na segunda noite, aliás, tiramos uma soneca num Coffee Shop com as malas nas costas esperando o metrô abirir (5h da manha) para voltarmos para o colégio. Mas é muita história... e como já disse, tenho pouco tempo pra escrever. Depois conto um pouco mais...


     Em algumas semanas eu vou ter meu exame oral de Português. Para tal, eu li D. Casmurro e O Auto da Compadecida para a parte 1 (se quiserem detalhes sobre o que é ‘Parte 1’, perguntem). Para parte 4 eu estava lendo Mar Morto, de Jorge Amado. Livro muito bom por sinal. Eu acabei um tempo atrás, e estava muito feliz porque só tinha que ler mais um livro, O Auto da barca do Inferno. Foi quando eu descobri que li o livro errado. Sério mesmo, isso só acontece comigo. Como a pessoa pode ler o livro errado? Agora estou com Ciranda de Pedra inteiro por ler. Se alguém quiser fazer o resumão do aprovado, estou a disposição.

     Sobre a vida aqui, tudo está indo muito bem. Tão bem que até já peido na frente de algumas pessoas. E vocês sabem o grau de intimidade que você precisa ter com alguém antes de peidar na frente dela, né? É quase que um contratro social. Depois desse momento, a vergonha vai e não volta nunca mais. Para você ter uma idéia, outro dia eu estava fazendo minhas necessidades quando Kenta (Japão) perguntou se eu tinha um tempo para ver se uma questão de Matemática dele estava certa, já que minha classe está adiantada e eu já tinha feito o dever. Eu respondi que sim, mas não esperava que ele fosse me passar pelo buraco da porta o papel e a canta. Eu tomei um susto! Até me desconcentrei. Pense ai? Aliás, nem pense. Isso não conversa pra está digitando aqui... nem sei porque o fiz.

     Claro que nem tudo são rosas. A vida acadêmica é bastante estressante, e se tornou ainda mais com o “One World”, um show que o colégio organiza. Mas o tempo passa tão rápido... Em três meses já estão de volta. Parece que foi ontem que cheguei... (quem se lembrou da propaganda da Nestlé ‘como parece, foi ontem!’?). Noite passada eu até sonhei que voltava para casa. Acordei, e quando voltei a dormir sonhei que voltava para aqui de novo. Fui e voltei numa noite só!

     Enfim, tenho muitas histórias para contar. Sobre os meninos que foram expulsos do colégio, sobre a neve que caiu hoje, sobre os mergulhos que faço toda a semana, sobre as paquerinhas, sobre os amigos... mas volto outro dia. Por hoje acho que já foi o suficiente. Antes de terminar só gostaria de dizer a meus amigos que eu não esqueci deles e pedir desculpa por não responder os scraps no orkut, eu tava meio desligado. Mas eles já estão devidamente respondidos.

Até um dia...