segunda-feira, 8 de agosto de 2011

After all...

   E assim, de repente, resolvi voltar a escrever nesse meu velho diário eletrônico que deixei de lado tem um tempo... não sei necessariamente porquê. Assunto é o que não falta! Aconteceu tanto desde do One World (it seems ages ago!). IB exams, o fim do Pearson, viajem a Europa, volta para casa. Mas a memória é falha e falta criativade para retratar em palavras o que vivi. Na verdade, escrever não é muito meu forte. Prefiro o discurso falado com meu sotaque bahiano.
    Mas enfim, aqui vou eu. E pela ordem, IB exams veêm primeiro. Para falar a verdade, esse 'cão ladra mais do que morde'. Difícil, é com certeza. Mas não diria que os exames são desagradáveis. Na verdade, eu até que curti bastante meus exames; e eu acho que esse deveria ser o espírito. Afinal, temos que gostar do que fazemos, não? Eu não tive muita sorte com minha schedule, já que tive 18 exames em 8 dias. Mas tudo tem um lado bom: eu acabei dia 12 de Maio, e tive 12 dia de pura liberdade! Para falar a verdade, eu já tinha me desacustumado a 'ser livre'. Não fazer nada é algo muito dificil! Principalmente no Pearson, quando sempre tinha mile coisas para fazer ao mesmo tempo. Aproveitei para ler uns livros, fazer umas caminhadas, sentar no  jardim deibaxo do sol por umas horas... enfim, tudo que não pude fazer nesses dois anos no 'gelo'. E meus resultados foram bastante satisfatórios. Fiquei super, super feliz com eles. E isso é o que realmente importa.
 
    'E o fim é belo e certo, depende de como você vê', já diria 'O Teatro Mágico'. E não há palavras melhores para descrever o fim da minha experiência no Pearson. Chorar, é claro que chorei. Irei sentir muita falta do lugar, das pessoas, dos momentos. Mas acho que eu estava pronto para ir. E a despedida não foi, after all, tão difícil. Provavelmente porque eu viajem com mais 4 amigos para a Europa logo depois que terminei o Pearson, e no fundo eu tinha em mente que, pelo menos para alguns, aquela madrugada gelada era apenas um 'até mais'. E, assim como enterros em filmes, choveu na nossa noite de despedida. Mas eu sei que criei amigos para uma vida inteira, e quando nos encontrarmos novamente, tudo voltará a ser como antes. 'Estou super ancioso para reencontrar a todos daqui a dez anos', pensei ao sair do Pearson. Quem será que vai casar primeiro? Será que alguém terá filhos? E eu, como estarei? Perguntas e mais perguntas vinham a minha mente enquanto eu pensava sobre meu mundo, que mudaria completamente, de novo. Mas um pergunta não saia da minha mente; 'quando os verei de novo?'. Não ter uma resposta é o que doeu mais.
     Porém, devo adimtir que sou um caso raro de ex-aluno. Adaptei-me rápido a nossa 'realidade' (como diria Êmile...). Não tive, até agora (e não acredito que terei), problemas com minha fámilia (acredite, isso é mais comum do que pensam). Na verdade, nossa relação nunca foi melhor. Talvez seja porque minha família é bem grande (e unida) e a maioria é bem open minded. Minha relação com meus amigos também não mudou nada. As brincadeiras continuam as mesmas, como se nada tivesse mudado. Não se sinto um outsider ou algo parecido. Tenho que admitir que tive um certo receio sobre como tudo seria, mas admito que não poderia ser melhor.
   
    Estou bastante animado para os anos que virão. Mudei bastante, admito. Virei, como  dizem, um 'cidadão do mundo'. E como tal, sinto obrigado a lutar para que todos possam adquirir tal título. É necessária uma mudança clara no 'sistema' do país. Não me entendam mal. Não virei um 'louco socialista' depois de dois anos vivendo no que é, de certo modo, um 'sonho socialista'. Na verdade, não creio no sucesso de tal sistema numa economia moderna. Mas isso é assunto para outro dia. Quando falo em 'sistema', me refiro a forma como as coisas são feitas; a mente fechada de um país que se julga 'aberto'; a banalização da educaçã, nunca posta em primeiro lugar. Estou animado para ver esta mudança, e quero fazer parte dela! E isso me move! Espero que mova mais a juventude do nosso país, principalmente aqueles que dizem 'educados', mas que usam tal 'educação' para atingir puramente uma estabilidade econômica e, depois, reclamar da 'violência' ou da 'falta de desenvolvimento do país'. Chamem-me de maluco, mas eu segurei em frente. A melhor decisão que fiz foi ficar aqui e lutar pelo meu país, e assim o farei.

   Carrego o Perason e tudo que lá vivi dentro de mim. Não foram só experiência boas, mas as ruins serverm como lição e também é parte do aprendizado. Se você me perguntar 'valeu a pena?', a reposta virá num piscar de olhos. Sim, valeu. Mas as licões são bem simples e fácil de aprender. E quero compartilhar essas licões com meu país agora, e estou super animado para tal.

P.S. Boa Sorte zero aninhos!

2 comentários:

  1. Oi vicente tudo bem ?
    Não sei se voce ainda voltara aqui ao blog , mas mesmo assim quero te escrever .
    Olha a 1 ano atras descolbri o seu blog e li li li li , até ficar completamente extasiada . fiquei um pouco triste porque voce deixou de esvrever . mas ainda bem que vocee fez este ultimo posdt. irei aplicar para o uwc este ano. sou de portugal e conheci a rita muito

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  2. Olá Vicente, aqui é o Neto. Vou participar do processo seletivo de 2012-2014. Seu blog foi muito essencial para a construção do meu 'sonho UWC'. Obrigado por ajudar muita gente a compreender o mundo sem ao menos vê-lo do seu modo. Boa sorte e tenha muitas vitórias ao longo do seu caminho! Parabéns.

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